segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SALVADOR-BA E SEUS INSANOS POLÍTICOS


Sábado, 08/12/2012 às 10:39 | Atualizado em: 08/12/2012 às 10:39


Trilhas: A decadência de Salvador

Aninha Franco







Jornais baianos e paulistas focam a decadência de Salvador sem relacionar a situação atual como resultado de péssimas gestões, marcações de território desse e daquele partido, nenhum deles preocupado com o bem-estar da cidade ou de seus moradores. Assistimos a esquerda, direita, centro e partidos teocráticos urinando sobre essa terra de beleza absoluta com gestões desastradas. Por último, João Henrique, responsável por oito anos de mijadas ininterruptas, chegou com o papo cansado de que Salvador recolhe pouco e, por isso, não tem dinheiro para ser bem administrada.

A Prefeitura recolhe mais do que deveria. Muitos cidadãos, como eu, pagam impostos para evitar a inadimplência. Apenas. Pagam taxa para recolhimento de um lixo que empesta todos os bairros. Pagam IPTU sem retorno. E o que mais Salvador tem condições de recolher? Seus humanos, desqualificados para sobreviver numa cidade naturalmente completa para o turismo, mal falam português com correção. Suas intermináveis joias culturais, as festas de largo, o Carnaval, o sincretismo, são tratadas por jegues diante de igrejas e, óbvio, não podem resultar em arrecadamento.

Como é que uma cidade que pode viver bem e fartamente de sua criação cultural incessante, que jorra como água na superfície, criadora de dezenas de movimentos artísticos nacionais, não tem uma secretaria de cultura que pense, organize e fomente essa riqueza? Não adianta perguntar isso a João Henrique. Nem aos seus secretários, que nunca souberam arrecadar impostos, como gestores, porque não sabem usar sua melhor e, talvez, única riqueza para fazê-lo.

É ridículo que o Carnaval de Salvador receba dinheiro público sem retorno, para acolher milhões de pessoas durante sete dias, consumindo comida, habitação, música . Só o Carnaval da Baía, se bem-feito, pode (e deve) gerar renda para enriquecer a cidade durante o ano. Cidade que não pode ter outra indústria, senão a cultural, que tem todos os equipamentos naturais e culturais para o turismo. E que quando investiu neles, com senso, recebeu deles o dobro do que investiu.



Seca Nordestina


Seca no Nordeste é considerada a pior dos últimos 30 anos

Em Sergipe, 18 municípios estão em situação de emergência.
Sofrimento atinge mais de 100 mil pessoas.

Carla Suzanne
Poço Redondo, SE








A seca deste ano no Nordeste já é considerada a pior dos últimos 30 anos. Em Sergipe, 18 municípios estão em situação de emergência e os animais já estão morrendo por falta de água e comida.
Sobre a terra seca, o gado procura o que comer em vão. A estiagem que já dura mais de um ano levou tudo. Destruiu plantações, secou açudes e barragens.“ A fonte de sobrevivência do sertanejo é a água. Acabou a água, acabou tudo”, diz o agricultor Ailzo Barbosa.
Em Sergipe, 18 municípios estão em situação de emergência por causa da seca. O sofrimento atinge mais de 100 mil pessoas. Um dos maiores entre muitos desafios é a sobrevivência dos animais.


O bezerro respira com dificuldade e não consegue levantar. Sem água nem comida, enfraquecem e morrem aos poucos. Até a casca seca da algaroba, árvore típica do sertão, serve de alimento.

O drama abala até quem está acostumado às durezas do sertão. “Os bichos comerem árvore assim, chegarem em um pé de árvore, descascarem e comerem a casca, nunca vi”, afirma o agricultor Jorge Silva de Medeiros.


O carro de boi segue lento e traz a última remessa de palma para alimentar os animais que restam do rebanho. “Quando terminar essa daí, não tem mais o que dar, de jeito nenhum”, diz o agricultor José Wilson Silva.

Em algumas comunidades, a situação é ainda mais grave, porque até a palma desapareceu das plantações e, para alimentar o gado, o sertanejo utiliza o recurso que resta. Para isso, é preciso queimar a vegetação da caatinga.


O fogo é para eliminar os espinhos do facheiro e do Xique-Xique, cactos típicos da caatinga. É tanta fome que os animais comem em meio às brasas. Para o sertanejo, é uma escolha difícil.

"Se nós não queimarmos a caatinga, os bichos morrem. Nós acabamos com a caatinga ou acabam os bichos", explica o agricultor Manoel Messias Vieira Santos.

"Por sorte, tem essa caatinga. Se não tivesse, não tinha nem o que fazer, porque condições para comprar ração não tem", diz o agricultor José Leandro da Silva.

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