9 doenças que mais matam no mundo
Jessica Soares 7 de dezembro de 2012
Mais de 50 milhões de pessoas morrem anualmente no planeta –
número maior que a população inteira do estado de São Paulo. Fazer esta conta
pode parecer algo um tanto mórbido mas, segundo a Organização Mundial de
Saúde, saber quantas pessoas morrem a cada ano e a causa destas
fatalidades é fundamental para identificar problemas e implementar políticas
públicas de saúde eficazes. E campanhas contra o cigarro parecem ser prioridade:
segundo o último relatório da OMS, publicado em 2011 e baseado em dados de 2008,
o cigarro está ligado a três das doenças mais fatais e é
responsável pela morte de 1 em cada 10 adultos mundo afora. De que mais as
pessoas tem morrido? Confira as 9 doenças que mais matam no
mundo:
1. Cardiopatia isquêmica
Número de mortes: 7,25 milhões (12,8%)
Uma doença, normalmente causada por uma aterosclerose coronariana, em que se
verifica isquemia do miocárdio. Não entendeu nada? Calma, a gente explica. A
cardiopatia isquêmica acontece quando alguma coisa atrapalha a irrigação do
coração (que, além de bombear sangue para o resto do corpo, também é movido a
sangue!). Isso rola quando placas de gordura, colesterol, cálcio ou colágeno se
acumulam nas artérias, dificultam a circulação do sangue e atrapalham o ritmo do
músculo mais importante do seu corpo. Coração parou, suas células começam logo
a morrer. Aí, já viu. O risco da doença aumenta com a idade, mas também pode ser
agravada por tabagismo, consumo de carne vermelha, diabetes e hipertensão
arterial.
2. Derrame e outras doenças vasculares cerebrais
Número de mortes: 6,15 milhões (10,8%)
O derrame – nome popular do acidente vascular
cerebral (AVC) ou acidente vascular encefálico (AVE) – é provocado pelo
entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. Idade avançada,
hipertensão arterial (pressão alta), colesterol elevado, tabagismo e diabetes
são alguns dos principais fatores de risco. Fique atento aos sintomas: quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances
de sobrevivência.
3. Doenças inflamatórias do trato respiratório inferior
Número de mortes: 3,46 milhões (10,8%)
Traqueia, pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares compõem as
vias aéreas inferiores, parte do aparelho respiratório também chamada de trato
respiratório inferior. Infecções nessa região geralmente são causadas pelo mal
funcionamento dos cílios que revestem a traqueia – é graças ao movimento deles
que a sujeira que inalamos ao respirar é varrida para fora através da tosse. A
pneumonia, doença inflamatória no pulmão, também se enquadra nesta “doença
mortal”.
4. Doenças pulmonares obstrutivas crônicas
Número de mortes: 3,28 milhões (6,1%)
Falta de ar, fadiga muscular, insuficiência respiratória. Estes são alguns
dos sintomas das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC), que incluem a
enfisema e a bronquite crônica. Geralmente provocadas por tabagismo, exposição
passiva ao fumo, exposição à poeira, poluição ambiental ou fatores genéticos, as
DPOC destroem os alvéolos e comprometem o funcionamento do pulmão. Está na hora
de rever a qualidade do ar que você respira.
5. Diarreia
Número de mortes: 2,46 milhões (4,3%)
Uma “simples” diarreia pode ser mortal. Podendo ser causada por doenças
inflamatórias intestinais, efeitos colaterais ao uso de medicamentos, infecções
(por vírus, bactérias ou parasitas) e alergias, a diarreia leva à perda de
grandes quantidades de água e sais minerais, o que pode desencadear quadros de
desidratação grave.
6. HIV/AIDS
Número de mortes: 1,78 milhões (3,1%)
Responsável por tirar mais de 25 milhões de vidas ao longo das últimas três décadas, a
doença continua a ser uma grande preocupação global. O Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) atinge o sistema imunológico e enfraquece a defesa contra infecções
e alguns tipos de câncer. À medida que o vírus destrói e prejudica a função de
células do sistema imunológico, os indivíduos infectados tornam-se gradualmente
incapazes de combater infecções. O estágio mais avançado da infecção pelo HIV é
a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a AIDS, que pode levar entre 2 a 15
anos para se desenvolver, dependendo do indivíduo. Apesar de ainda não ter cura,
o tratamento com medicamentos anti-retrovirais consegue controlar o vírus.
7. Câncer de pulmão, traqueia e brônquios
O cigarro ataca novamente: a causa mais comum deste
tipo de câncer é a exposição prolongada à fumaça do cigarro. Um dos motivos de
ser tão mortal é provavelmente seu difícil diagnóstico – o câncer no pulmão, o
mais comum no Brasil, costuma ser descoberto em estágios avançados, o que faz o
índice de mortalidade chegar a 86%.
Leia também: Quais tipos de câncer mais matam no Brasil?
8. Tuberculose
Número de mortes: 1,34 milhões (2,4%)
Causada pelo Mycobacterium tuberculosis (ou bacilo-de-koch), a
tuberculose é uma das mais antigas doenças documentadas pela humanidade, e foi
responsável por uma grande epidemia que matou 1 bilhão de pessoas entre 1850 e
1950. Altamente contagiosa e transmitida de pessoa para pessoa através das vias
respiratórias, a “peste cinzenta” pode ser tratada através do uso de
antibióticos, que curam o paciente em até seis meses. Apesar disso, a
tuberculose continua sendo uma das doenças que mais causa mortes no mundo.
9. Diabetes mellitus
Número de mortes: 1,26 milhões (2,2%)
A glicose é uma importante fonte de energia para o
organismo. Em excesso, no entanto, pode causar uma série de complicações –
incluindo ataques cardíacos, derrames cerebrais, cegueira, hipertensão arterial
e insuficiência renal, como aponta a American Diabetes Association. Por isso é tão importante
seguir um tratamento regular para a diabetes, doença que provoca o aumento
anormal do açúcar no sangue.
Bônus:
Os acidentes rodoviários ocupam o décimo lugar no ranking das principais
causas de morte no mundo. Anualmente, são registradas cerca de 1,21 milhões de
mortes no trânsito, o que representa 2,1% do total de falecimentos. Além disso,
a cada ano, cerca de 50 milhões de pessoas sofrem acidentes não-fatais nas
estradas.
Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/9-doencas-que-mais-matam-no-mundo/
Fonte: Organização Mundial da Saúde