BARRA DO ITARIRI, CONDE-BAHIA
Fotógrafo: Wellington Souza. E-mail: lettinho@gmail.com
sábado, 29 de setembro de 2012
IDH NO BRASIL E NO MUNDO
De acordo com os dados divulgados
pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento-PNUD, o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida comparativa
usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para separar os países desenvolvidos (elevado desenvolvimento humano), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A
estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB
(PPC) per capita (como um
indicador do padrão
de vida) recolhidos a nível nacional. Todo ano, os países
membros da ONU são classificados de
acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou
empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados,
cidades, aldeias, etc. O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub
ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento no
seu relatório anual."
Os
critérios utilizados para calcular o IDH são:
- Grau de escolaridade: média de anos de
estudo da população adulta e expectativa de vida escolar, ou tempo que uma
criança ficará matriculada.
- Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per
capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Esse item tinha
por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de
2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que
avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também
considera os recursos financeiros oriundos do exterior.
- Nível de saúde: baseia-se na
expectativa de vida da população; reflete as condições de saúde e dos serviços
de saneamento ambiental.
A partir do relatório de 2000, o IDH combina três
dimensões:
O acesso ao conhecimento: Anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade
O índice varia de zero até 1, sendo considerado:
Baixo, entre 0 e 0,499;
Médio, de 0,500 a 0,799;
Alto, quando maior ou
igual a 0,800.
O relatório do Desenvolvimento Humano 2011,
divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), classifica o Brasil na 84ª posição entre 187 países
avaliados pelo índice. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em
2011 é de 0,718 na escala que vai de 0 a 1. O índice é usado como referência da
qualidade de vida e desenvolvimento sem se prender apenas em índices
econômicos. O país com mais alto IDH em 2011 é a Noruega, que alcançou a marca
de 0,943. Os cinco primeiros colocados do ranking são, pela ordem, Noruega,
Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. Segundo o PNUD, o pior IDH
entre os países avaliados é o da República Democrática do Congo, com índice
0,286. Os cinco últimos são Chade, Moçambique, Burundi, Níger e República
Democrática do Congo. A metodologia usada pelo Pnud para definir o IDH passou
por mudanças desde o relatório divulgado em novembro de 2010. O índice que se
baseia em dados como a expectativa de vida, a escolaridade, a expectativa de
escolaridade e a renda média mudou a fonte de alguns dos dados usados na
comparação. A expectativa é ter os mais recentes dados comparáveis entre os
diferentes países.
No ano passado, o Brasil aparecia classificado como
o 73º melhor IDH de 169 países, mas, segundo o Pnud, o país estaria em 85º em
2010, se fosse usada a nova metodologia. Desta forma, pode-se dizer que em 2011
o país ganhou uma posição no índice em relação ao ano anterior, ficando em 84º
lugar.
Desenvolvimento humano elevado
O PNUD não soube indicar o que motivou a mudança de classificação do Brasil. Mas, analisando os indicadores avaliados – expectativa de vida, anos médios de escolaridade, anos esperados de escolaridade e renda nacional bruta per capita – dois tiveram mudanças: expectativa de vida e renda nacional bruta. O Brasil aparece entre os países considerados de “Desenvolvimento Humano Elevado”, a segunda melhor categoria do ranking, que tem 47 países com “Desenvolvimento Humano Muito Elevado” (acima de IDH 0,793), além de 47 de “Desenvolvimento Humano Médio” (entre 0,522 e 0,698) e 46 de “Desenvolvimento Humano Baixo” (abaixo de 0,510). De acordo com os dados usados no relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$ 10.162, e a expectativa de vida, de 73,5 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.
O cálculo de IDH alterou neste ano a fonte de
informação sobre renda dos países. O dado agora passou a ser alinhado ao
Relatório do Banco Mundial. O problema é que o dado dessa fonte é mais antigo
(de 2005) do que o usado no relatório IDH de 2010 (que era de 2008). Os números
foram ajustados e a comparação possível é que passamos de uma renda nacional
bruta per capita de US$ 9.812 , em 2010, para US$ 10.162 em 2011. No
material divulgado pelo PNUD é possível comparar as tendências do IDH de todos
os países por índice e por valor total desde 1980. O destaque no caso
brasileiro é para a renda, que aumentou 40% no período. No mesmo tempo, a
expectativa de vida aumentou em 11 anos; a média de anos de escolaridade
aumentou em 4,6 anos, mas o tempo esperado de escolaridade diminuiu.
Novos índices
Além do valor usado tradicionalmente para indicar o desenvolvimento humano de cada país, o relatório deste ano apresenta novos índices: IDH Ajustado à Desigualdade, Índice de Desigualdade de Gênero e Índice de Pobreza Multidimensional. O IDH ajustado à desigualdade faz um retrato mais real do desenvolvimento do país, ajustando às realidades de cada um deles. Com isso, o IDH tradicional passa a ser visto como um desenvolvimento potencial. Levando a desigualdade em conta, o Brasil perde, em 2011, 27,7% do seu IDH tradicional. O componente renda (dentre renda, expectativa de vida e educação) é que mais influi nesse percentual; No índice de desigualdade de gênero, o Brasil fica em patamar intermediário quando comparado com os BRICS. O índice brasileiro é de 0,449. Rússia tem 0,338; China, 0,209; África do Sul, 0,490% e Índia, 0,617; Já o Índice de Pobreza Multidimensional é uma forma nova, mais ampla, de verificar quem vive com dificuldades. No lugar da referência do Banco Mundial, que considera que está abaixo da linha de pobreza quem ganha menos de US$ 1,15 por dia, o novo índice aponta privações em educação, saúde e padrão de vida.
Segundo o PNUD o índice pode não ser tão importante
para a situação do Brasil quanto para a de países da África, pois, no Brasil,
quem tem renda pode ter o acesso facilitado à qualidade de vida. Em alguns
países, porém, esse acesso não depende exclusivamente de recursos financeiros
(às vezes, o país tem infraestrutura precária demais, por exemplo). Essa nova
medida é uma forma interessante de avaliar as políticas de transferência de
renda e verificar se essas ações realmente estão mudando a vida da população
mais necessitada.
Obs.:
Em novembro de 2010, a ONU, utilizando os novos critérios de cálculo, divulgou
uma lista de IDH dos países. Porém, esse novo método ainda não foi aplicado
para o cálculo dos estados brasileiros. Nesse sentido, o ranking nacional segue
o modelo e dados divulgados em 2008 pelo PNUD:
1°
- Distrito Federal – 0,874
2° - Santa Catarina – 0,840
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677
Analisando o ranking, as diferenças socioeconômicas no país ficam evidentes, sendo as regiões Sul e Sudeste as que possuem melhores Índices de Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste possui as piores posições. Nesse sentido, se torna necessária a realização de políticas públicas para minimizar as diferenças sociais existentes na nação brasileira.
Abaixo
IDH de alguns municípios brasileiros:
1
|
0,919
|
||
2
|
0,908
|
||
3
|
0,886
|
||
4
|
0,875
|
||
5
|
0,871
|
||
6
|
0,870
|
||
7
|
0,867
|
||
8
|
0,866
|
||
9
|
0,865
|
||
10
|
0,862
|
||
11
|
0,858
|
||
12
|
0,857
|
||
13
|
0,857
|
||
14
|
0,857
|
||
15
|
0,857
|
||
16
|
0,856
|
||
17
|
0,856
|
||
18
|
0,856
|
||
19
|
0,855
|
||
20
|
0,85
|
Os sete países com maior IDH do
mundo 2012
Algumas semanas atrás, o Brasil ultrapassou o Reino
Unido e tornou-se a 6ª maior economia do
mundo. Já no IDH 2012, ou Índice de Desenvolvimento Humano, o nosso
país se encontra apenas em 84º lugar. Confira os 7 com maior IDH do mundo.
1º Noruega |
2º Austrália
|
3º Países Baixos
|
4º Estados Unidos
|
5º Nova Zelândia
|
6º Canadá
|
7º Irlanda
|
84° Brasil
(fonte: mqservicos) http://topworldlist.blogspot.com.br/2012/01/os-7-paises-com-maior-idh-do-mundo-2012.html
Por
Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
www.brasilescola.com.br
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
www.brasilescola.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)